quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Liderança do BE

   Esta semana, temos visto muita discussão sobre o sucessor de Francisco Louçã na liderança do Bloco de Esquerda. Fala-se numa "liderança a dois", partilhada por João Semedo (um médico com 61 anos, que integra o lote dos deputados bloquistas desde 2006) e Catarina Martins (atriz com 39 anos, menos experiente, mas com uma significativa influência no seio partidário). Apontam-se outros nomes, como: Luís Fazenda (um deputado do partido na AR, sobre o qual não nutro grande simpatia, nem algum tipo de admiração, pois considero-o um político vulgar, sem intervenção, influência e sem grande poder de debate de pontos de vista); Ana Drago (a socióloga de 38 anos é a opção que mais me agrada, porque se encaixa no lote de políticos que espelham os interesses do partido. Uma mulher frontal e carismática, com um pensamento fluido, com ideias bem pré-definidas, que possui a identidade e a força que caraterizam o Bloco, como um partido de contestação e de oposição dentro do seio político nacional.)
   Encarando todas estas opções, eu acredito que o BE precisa de um abanão para enfrentar os próximos desafios. Para isso, será necessário uma liderança singular, onde uma figura relevante consiga orientar os destinos deste partido, sendo que a meu ver a liderança bicéfala não parece ser a melhor opção para um partido que precisa de organizar a sua estrutura e estratégia já para as autárquicas e para as presidenciais. Este modelo de liderança põe em causa a convergência desejada nos pontos de orientação do partido, já para não falar nos eventuais conflitos de interesse, que se podem gerar entre Catarina Martins e João Semedo.
   Quanto a Louçã é importante referir que será essencial inclui-lo nas fileiras do partido, tendo em conta que a sua experiência e o seu conhecimento sobre a situação interna e a projeção do partido para o exterior poderão ser essências para a definição dos objetivos e das metas futuras deste partido de esquerda.   


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