sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A Primavera Árabe

Ocorreu entre 2010 e 2011, como uma onde de revoluções, manifestações e protestos contra as ditaduras do Médio Oriente e do Norte de Africa.
Começou por volta do dia 18 de Dezembro, até ao momento a "Primavera Árabe" tem sido visível em grandes revoluções na Tunísia e no Egito, em grandes protestos (Argélia, Bahrein, Djibuti, Iémen, Iraque, Jordânia, Síria, Omã), em protestos mais pequenos (Arábia Saudita, Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Sudão) e ainda a guerra civil da Líbia, que acabou por resultar na morte de Muamar Kadafi, líder do regime ditatorial líbio.
Esta onda de acontecimentos no mundo árabe, trouxe um novo tipo de inovação ao nível desta resistência civil: todos os protestos, manifestações, greves, comícios e "passeatas", foram organizados, sensibilizados e comunicados, através da utilização de meios de comunicação do mundo virtual, como o Facebook, o Twitter e o YouTube. É preciso dizer que a Internet era alvo de um impedimento, de uma repressão e de uma censura bastante violenta, portanto a partir do momento em que todos sentiram que o seu uso seria importante para o desenvolvimento e evolução das massas populacionais árabes e para a sua sensibilização, o mundo árabe dava um sinal claro de abertura e de liberdade no uso das novas tecnologias.











Este movimento teve duas faces, a meu ver:
- A liberdade e a força que o mundo árabe ganhou, após a "explosão" da primeira revolta. O povo está desperto para o direito de voto, para a participação cívica/política e para novos valores morais. Acredito que estas mudanças poderão ter um efeito muito benéfico na cultura árabe, nomeadamente na forma de tratamento das mulheres, onde acredito que pode ser progressivamente instaurada uma nova forma de pensar a esse respeito (Face +)






- O interesse e a intervenção da NATO, dos Estados Unidos da América e da União Europeia nesta situação, à partida parece-me muito positiva, porque existe uma preocupação com a salvaguarda dos Direitos Humanos e com a implementação do pacifismo e da resolução dos conflitos neste tipo de países.
Só que o que aconteceu, foi uma intervenção na Líbia extremamente parcial, monopolizadora, contra os Direitos Humanos, oportunista e pouco cuidada.  
Existiu demasiada vontade em resolver o problema, que acabou tudo numa precipitação total...
E agora eu pergunto, e a Somália?
Existirá vontade em resolver a guerra civil e a situação absolutamente desoladora que lá existe?
Parece que a única pessoa que se preocupou com este país e com esta situação, que eu tenha visto, foi o Alto-Comissário para os Refugiado na ONU, António Guterres.





2 comentários:

Anônimo disse...

Aprendo sempre coisas novas contigo :)

Anônimo disse...

Sei que não tem nada a ver com o post, mas parabéns! Soube que fazes ano :D