Com esta crise cada vez mais esta noção perde o seu valor prático. Temos um défice muito extenso nas políticas de proximidade, não existindo um acompanhamento ou uma preocupação em perceber a real situação no seio da sociedade.
Surge aqui a pergunta, mas então, qual é o grande problema do nosso estado social?
O nosso E.S está desmantelado, isto é, dividido em sistemas: Educação; Serviço Nacional de Saúde; Pensões...
A meu ver, o E.S deve ser tratado "como um todo", para que possamos tratar das questões municipais e regionais com mais força. Deve existir responsabilidade dos próprios cidadãos no zelar pelo bem-estar do nosso estado-social, tendo em conta que é obrigação de todos trabalhar, produzir e contribuir para o cumprimento dos princípios morais e das normas sociais impostas pela sociedade. Deve existir responsabilidade dos nossos políticos, para que consigam assegurar a sustentabilidade do nosso E.S e evitar que este seja retirado às gerações futuras, porque este sistema não foi criado nem pela esquerda, nem pela direita.
Portugal é dos países que desfruta das menores receitas da proteção social (30%), inferiores por exemplo à média europeia (57%), à França (43,8%) ou à Espanha (47,9%). A despesa pública relacionada com a proteção social cresce, anualmente, 1,5%.
A qualidade do apoio concedido aos cidadãos através do investimento de uma boa percentagem do PIB nas políticas sociais, a clareza das leis e dos regulamentos do Estado Social contribui para o desenvolvimento de um Estado Social e para o crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano de um País.
Como o nosso país tem cada vez um PIB mais miserável, a fatia investida no seio social é cada vez mais fininha e isso leva à multiplicação da degradação das condições de vida e do aumento da pobreza em Portugal.
Grave.... MUITO GRAVE :/
Um comentário:
Dizer "muito grave" é pouco...
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