sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Portugal- 30 anos a envelhecer :(


"Nascer em Portugal" é a conferência que junta esta sexta-feira a partir das 9h, na Cidadela de Cascais, investigadores, economistas e sociólogos como Maria João Valente Rosa, António Barreto, Manuel Villaverde Cabral e Rui Vilar, em torno do debate sobre os baixos índices portugueses de fecundidade e natalidade.
A conferência é promovida pelo Presidente da República, Cavaco Silva, no âmbito do ciclo de conferências "Roteiros do Futuro" que visam abordar problemas estruturais que afetam a sociedade portuguesa, promovendo a análise e o debate em torno de indicadores estatísticos.
Segundos dados do INE/Pordata, há trinta anos que em Portugal o nível de nascimentos deixou de ser suficiente para assegurar a reposição da população, uma vez que desde o início da década de 1980 que a média de filhos por mulher é inferior aos 2,1 (em 2010 era inferior aos 1,5).
Nos anos mais recentes, o número de nados-vivos de mães residentes em Portugal tem-se situado em torno dos 100 mil, o que representa uma quebra para dois terços do registado no início da década de 1980 e metade do número dos anos 1960.

Filhos em idade mais avançada


As mulheres têm filhos em idade mais avançada, num período em que os seus níveis de fertilidade já são mais baixos, o que reduz a probabilidade de terem muitos filhos.
Outra mudança estrutural é o aumento do número de filhos fora do casamento. Atualmente mais de 2 em cada 5 nascimentos são de filhos de pais oficialmente não casados (o dobro do que se verificava em finais dos anos de 1990).
Para lá do envelhecimento, em anos recentes verificou-se também a diminuição da população, pois em 2007, 2009 e 2010 o número de nascimentos foi ultrapassado pelo das mortes.
Entre os indicadores positivos, surgem a diminuição da maternidade precoce, da mortalidade infantil e materna e contributo dos imigrantes para atenuar os baixos níveis de natalidade dos portugueses.
A conferência "Nascer em Portugal" é comissariada por João Lobo Antunes.
Entre os conferencistas estrangeiros estarão personalidades como Olivier Thévenon, que participou num estudo da OCDE sobre o problema da fecundidade, Gunnar Andersson, da universidade de Estocolmo, e Massimo Livi Bacci, autor do primeiro estudo sobre fecundidade em Portugal e que será distinguido pelo Presidente da República no final da conferência.


Retirado de Expresso.pt.












Comentário: É uma noticia que me entristece, porque um indicador como a Taxa de Natalidade, é uma importante garantia de futuro para nós (pessoas do presente), acerca de uma eventual sucessão ou de uma transição. A verdade é que a população tem tendência a diminuir, fruto de mudança de hábitos de vida, costumes, quotidianos, sistemas e normas, que nos obrigam optar por estilos de vida, que privilegiem a optar pela via mais adequada para o presente, mas não tão segura para o futuro da densidade populacional portuguesa... É triste e desolador :(

Um comentário:

Sue disse...

Em tempos de crise, as pessoas pensam lá em ter filhos!